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1936 - A 3 de dezembro de 1936, Vicente Ângelo Gomes da Silva (1881-1954) compra a propriedade onde tinha o seu atelier de fotografia a “Francisco Assis Ferreira e sua consorte Dona Maria Bela de Sousa Ferreira, então proprietários...o domínio direto do foro anual de quatrocentos reis ... com herdeiros de quarentena e vencimento no mês de cada ano imposto no prédio urbano, que compõe de três lojas de dois andares, atelier de fotografia e quintal, sito à Rua da Carreira n. 20, freguesia da Sé, Funchal” (ABM - Certidões e Averbamentos. Escritura de venda, 1936Livro 44, fls. 20 e 21, cota 8739. Funchal)

1937 - Com o desenvolvimento urbanístico da cidade do Funchal, mais especificamente quando é projetado o troço norte da Avenida Gonçalves Zarco (atual Avenida Zarco), em 1936, iniciam a demolição de parte do edifício da Santa Casa da Misericórdia, para prolongamento da referida avenida. Em 1937, Vicente Ângelo Gomes da Silva (1881-1954) vende à Administração Geral dos Correios e Telégrafos “uma faixa de terreno do prédio acima identificado a qual tem a área de quatrocentos e trinta metros quadrados” (ABM - Certidões e averbamentos - Escritura de venda, livro 48-A, fl. 55v, cota 8743.Funchal), que fazia parte do quintal da sua recente propriedade, para aí ser construído o edifício dos Correios.



1939 - Vicente Ângelo Gomes da Silva (1881-1954) faz a doação a seus filhos Vicente Bettencourt Gomes da Silva(1902-1960), Jorge Bettencourt Gomes da Silva (1913-2008), Maria José Bettencourt Gomes da Silva (1904-2000) e genro Mário Humberto Camacho Galvão, de uma construção urbana já edificada numa faixa de terreno do seu jardim, com portas 15, 17 e 19, da Avenida Zarco, Sé, Funchal.
No Diário de Notícias de 10 de maio de 1939, p. 5, pode-se ler a seguinte notícia, com o título Prédio moderno: “Estão já inteiramente concluídas as obras do magnífico prédio mandado construir por Vicente Bettencourt Gomes da Silva e irmãos ... Pelas suas linhas arquitetónicas, óptima construção e privilegiada situação, o novo prédio fica sendo uma das sumptuosas edificações do Funchal moderno, com interiores amplos, iluminados segundo os mais aperfeiçoados processos. São dignos do maior louvor os seus proprietários que vieram contribuir com aquela esplêndida construção para o embelezamento do Funchal”

1940 - O prédio foi inscrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal, com o número de ordem topográfica 828, no ano 1940, com a seguinte descrição: “Um prédio urbano de 3 pavimentos, construção moderna e boa, coberto por um terraço de cimento armado, com 2 lojas no réz-chão, 1 divisão no 1.º andar e 1 no 2.º; confrontado pelo norte e oeste com Vicente Ângelo Gomes da Silva, Sul com o Edifício dos Correios, leste com a Avenida, com a superfície coberta de 150 m2”. (Conservatória do Registo Predial do Funchal - 1.º Ref 604 - Freg. Sé. Artigo urbano: 828 - ano de inscrição: 1940).
Neste ano é realizado o aluguer de parte do edifício, ao Centro de Columbofilia do Funchal, mais precisamente do espaço circunscrito ao terraço, onde foram colocados vários pombais.  



De 1948 a 1958 - Entre 1948 e 1958 este edifício foi ocupado pelo Consulado do Brasil. O Dr. José Maria Reis Perdigão, cônsul do Brasil, e sua esposa, Esperanza Aguirre Santa Cruz, desembarcam no cais da cidade Funchal, no dia 24 de abril, de 1948. Ocuparam o primeiro e segundo pisos do edifício, cada um com uma só divisão. No primeiro piso funcionava o atendimento ao público e no segundo ficou reservado para sala de reuniões.
A loja do rés do chão, com porta n. 17 , foi alugada para venda de roupa de senhora da afamada marca Regina, com loja do mesmo nome.

Década 60 do século XX a 2002 - Alugaram os pisos um e dois do edifício a Paiva & Sousa Lda, industria e comercio de bordados. No primeiro piso funcionou o salão de vendas de bordados e artefactos regionais, no segundo piso funcionou a fábrica onde tinha toda a produção industrial para executar e comercializar o bordado Madeira, com o nome de porta Casa Regional. De salientar que foi uma das primeiras casas de bordados do Funchal a expor a confeção de vestidos e outras peças do vestuário feminino adornadas com bordado da Madeira. Esta firma, com número registo de selo de bordado 053 do Instituto do Bordado do Funchal, cessou a suas funções comerciais e industriais por volta 2002.

De 1936 a 2017 - Durante oitenta e um anos, os proprietários deste edifício foram Vicente Bettencourt Gomes da Silva, Jorge Bettencourt Gomes da Silva, Maria José Bettencourt Gomes da Silva, Mário Humberto Camacho Galvão e seus herdeiros. Até esta data as lojas do rés-do- chão foram alugadas a várias áreas do comercio nomeadamente Stefanel, Alberto Oculista, entre outras.



2017 - A 17 de abril de 2017, este prédio foi adquiridos pela sociedade PRAZERES OESTE PARADISE, UNIPESSOAL, LDA, segundo dados de aquisição, da Conservatória do Registo Predial da Calheta - Madeira.

2022 - O edifício é inaugurado com a parte estrutural interna da edificação arquitetada para a construção de apartamentos T0, e a implantação de um elevador de acesso aos três pisos. De salientar que o terceiro piso, anteriormente terraço, foi transformado em andar com três apartamentos T0. No piso um e dois foram construídos dois T0, em cada, todos com acesso à varanda que dá para a Avenida Zarco, Funchal. Estes apartamentos foram construídos para alojamento local (AL).